Politica

Presidente Dilma Rousseff anuncia pacote de bondades de R$ 9 bilhões

Os benefícios vão desde a contratação de mais carros-pipas, instalação de cisternas e até a prorrogação de dívidas de produtores rurais com instituições financeiras.

Tércio Amaral
postado em 02/04/2013 14:49
A presidente Dilma Rousseff (PT) desembarcou na manhã desta terça-feira (2), em Fortaleza, no Ceará, disposta a dar um ;puxão de orelha; nos governadores e prefeitos da região Nordeste, além de consolidar seu projeto de reeleição. Durante a abertura da 17; reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, a presidente anunciou um pacote de bondades para a região do semiárido - que sofre com a maior seca dos últimos 50 anos - na ordem de R$ 9 bilhões. Os benefícios vão desde a contratação de mais carros-pipas, instalação de cisternas e até a prorrogação de dívidas de produtores rurais com instituições financeiras.

A petista surpreendeu no seu discurso de abertura e isolou qualquer tipo de crítica dos governadores da região Nordeste. Dilma anunciou a ampliação no número de carros-pipas contratados de 4,4 mil para 6,1 mil ainda neste ano. O investimento representa um aumento de 30% ao custo de R$ 71,5 milhões. A presidente disse ainda que o governo federal irá ampliar a instalação de cisternas para o consumo humano e de pequenos produtores no Nordeste. Assim como os carros-pipas, os números surpreendem.

Segundo a presidente, já foram instaladas mais de 270 mil de cisternas para o consumo humano. Serão entregues mais 130 mil até julho deste ano e mais de 750 mil até a Copa do Mundo de 2014. As cisternas de produção terão um incremento de 27 mil até dezembro e 34 mil unidades até 2014. Até o momento, foram implantadas 12 mil cisternas para a produção de pequenos agricultores na região Nordeste. Só em cisternas, o Palácio do Planalto pretende investir mais de 640 milhões.



Ao anunciar estes investimentos, a presidente também fez cobranças aosgestores. Disse que a seca não é só responsabilidade do governo federal e queé preciso que exista uma cooperação entre as instâncias de poder. Ela citou ocaso da distribuição de milhos. Foi anunciado a distribuição de 360 miltoneladas entre os meses de abril e maio ao preço subsidiado de R$ 18.;Estamos num momento de safra de grãos. Precisamos da ajuda dos governadorespara a logística de distribuição. Estamos concorrendo com o escoamento deoutros produtos pelas rodovias e precisamos fazer isso via marítica e porcabotagem também, utilizando osmportos públoicos e privados dos estados;, cobrou.

Dilma Rousseff ainda anunciou que manterá a bolsa-estiagem, paga aos produtores rurais, será mantida até o fim da estiagem. Ou seja, não terá prazo fixo para terminar. Atualmente, 880 mil agricultores recebem a ajuda de custo de R$ 80. A meta do Planalto é aumentar este número com mais 361,5 mil novos beneficiados até o fim deste ano. ;As ações emergências não são apenas para os municípios com 50 mil habitantes. Não podemos esperar que a seca ocorra para encarrar o risco de desabastecimento;, comentou.

Por fim, o pacote de bondades da presidente prorrogou as dívidas de produtores rurais da região afetada pela seca. Dilma autorizou a prorragação dos débitos de todos os produtores de municípios em estado de emergência com dívidas contraídas de 2012 a 2014 por mais dez anos. ;Além das ações emergênciais precisamos implantar políticas permanentes. É preciso estimular novas tecnologias, estimular os produtores a utilizarem novas tecnologias. Li em um artigo escrito por um técnico da Embrapa do Nordeste que, no Brasil, a agricultura não é nem sol, nem chuva, nem calor, nem frio. É sobretudo tecnologia;.

Com informações das repórteres Glauce Gouveia e Rosália Rangel, do Diario de Pernambuco

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