Serra Talhada (PE) e Brasília ; No reencontro com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), após ele dizer que ;é possível fazer mais pelo país;, a presidente Dilma Roussef desfiou o discurso preparado pelo PT para confrontar o possível adversário ao Palácio do Planalto em 2014: o estado administrado pelo presidente do PSB cresceu graças ao apoio que teve do governo federal. ;Se juntamos os investimentos federais e aqueles feitos pelas nossas estatais, chegamos a um volume extraordinário de R$ 60 bilhões em Pernambuco;, discursou Dilma, depois de anunciar a liberação de R$ 2,8 bilhões de novas obras para o estado.
A presidente esteve no sertão de Pernambuco para participar da inauguração da Adutora do Pajeú, em Serra Talhada. Ela não poupou elogios a seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem creditou a instalação de ;um novo ciclo de desenvolvimento, que contempla todo o povo brasileiro;, fazendo questão de lembrar que ele é pernambucano.
Depois de reforçar ;o carinho; do PT com o estado governado por Eduardo Campos, entretanto, Dilma cobrou lealdade. E disse que o país, para continuar crescendo, precisa de parceiros comprometidos com esse objetivo. ;O Brasil vai continuar numa trajetória de estabilidade e controle da inflação, mas de crescimento. Vamos provar que o país só será forte e desenvolvido se tivermos a determinação e a coragem de continuar por esse caminho, de construir democraticamente uma coalizão para dirigir esse país. Nenhuma força política sozinha é capaz de fazer esse caminho;, avisou a presidente.
Sob o sol escaldante da região sertaneja, não faltaram recados indiretos, anúncios bilionários e semblantes fechados. A tônica de Dilma no discurso proferido para mais de 5 mil pessoas no Parque de Exposição, era: ;ajudo Pernambuco, não esqueço o Nordeste e não faço retaliações;. A de Eduardo Campos, em palavras ;mansas;, como ele mesmo disse era: água é um direito e o tratamento igual para todos os estados, um dever.
O governador, nitidamente incomodado, fez questão de destacar as realizações de sua gestão. ;Aqui há dois governantes que deixam como legado uma prática política republicana, não como uma dádiva do governo, mas como um direito da cidadania brasileira;, disse o socialista.
A saia-justa prosseguiu com os discursos da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que falaram sobre os investimentos do governo federal em Pernambuco e sobre a ausência de retaliações em virtude da coloração partidária. Mais uma vez, ficou claro o distanciamento político entre PT e PSB, iniciado desde que Campos começou a articular, com políticos e empresários, uma possível candidatura ao Palácio do Planalto no ano que vem.
Campos justificou a recepção calorosa pelo perfil do povo pernambucano, mas fez críticas à política de combate à seca, lembrando das perdas para os agricultores, e insinuou o rompimento futuro, mas sem rompantes imediatos. ;Dentro de cada pernambucano existe um pouco de sertão. Somos secos às vezes no trato, mas somos generosos nas horas mais difíceis. Somos mansos, presidente, até porque o sertanejo tem que poupar energia. Os gestos são calmos, mas aqui há uma gente que tem uma coragem que não se pode duvidar dela;, avisou.
A presidente esteve no sertão de Pernambuco para participar da inauguração da Adutora do Pajeú, em Serra Talhada. Ela não poupou elogios a seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem creditou a instalação de ;um novo ciclo de desenvolvimento, que contempla todo o povo brasileiro;, fazendo questão de lembrar que ele é pernambucano.
Depois de reforçar ;o carinho; do PT com o estado governado por Eduardo Campos, entretanto, Dilma cobrou lealdade. E disse que o país, para continuar crescendo, precisa de parceiros comprometidos com esse objetivo. ;O Brasil vai continuar numa trajetória de estabilidade e controle da inflação, mas de crescimento. Vamos provar que o país só será forte e desenvolvido se tivermos a determinação e a coragem de continuar por esse caminho, de construir democraticamente uma coalizão para dirigir esse país. Nenhuma força política sozinha é capaz de fazer esse caminho;, avisou a presidente.
Sob o sol escaldante da região sertaneja, não faltaram recados indiretos, anúncios bilionários e semblantes fechados. A tônica de Dilma no discurso proferido para mais de 5 mil pessoas no Parque de Exposição, era: ;ajudo Pernambuco, não esqueço o Nordeste e não faço retaliações;. A de Eduardo Campos, em palavras ;mansas;, como ele mesmo disse era: água é um direito e o tratamento igual para todos os estados, um dever.
O governador, nitidamente incomodado, fez questão de destacar as realizações de sua gestão. ;Aqui há dois governantes que deixam como legado uma prática política republicana, não como uma dádiva do governo, mas como um direito da cidadania brasileira;, disse o socialista.
A saia-justa prosseguiu com os discursos da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do ministro de Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que falaram sobre os investimentos do governo federal em Pernambuco e sobre a ausência de retaliações em virtude da coloração partidária. Mais uma vez, ficou claro o distanciamento político entre PT e PSB, iniciado desde que Campos começou a articular, com políticos e empresários, uma possível candidatura ao Palácio do Planalto no ano que vem.
Campos justificou a recepção calorosa pelo perfil do povo pernambucano, mas fez críticas à política de combate à seca, lembrando das perdas para os agricultores, e insinuou o rompimento futuro, mas sem rompantes imediatos. ;Dentro de cada pernambucano existe um pouco de sertão. Somos secos às vezes no trato, mas somos generosos nas horas mais difíceis. Somos mansos, presidente, até porque o sertanejo tem que poupar energia. Os gestos são calmos, mas aqui há uma gente que tem uma coragem que não se pode duvidar dela;, avisou.