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Dois anos após Dilma demitir ministros suspeitos, processos estão parados

Dilma demitiu os ministros sob suspeita de malfeitos, mas os processos contra eles foram arquivados ou estão emperrados na Justiça


Quase dois anos após iniciada a faxina ministerial da presidente Dilma Rousseff ; que disse à época não tolerar malfeitos ;, todos os ministros defenestrados continuam respondendo a ações na Justiça. Mesmo na Controladoria-Geral da União (CGU), encarregada de pinçar os responsáveis e identificar falhas administrativas e operacionais a serem corrigidas, os procedimentos ainda caminham a passos lentos: somente três estão em fase final. Além disso, grupos políticos degolados na faxina estão retornando ao governo. Carlos Lupi, por exemplo, já garantiu a vaga de Manoel Dias no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o próximo pode ser um indicado de Alfredo Nascimento, interlocutor do PR pela retomada dos Transportes.

Na lista dos sete ex-ministros que deixaram o cargo após denúncias de corrupção, dois protagonizam inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) ; Alfredo Nascimento e Pedro Novais, que têm foro privilegiado por serem parlamentares. Outro caso, de Orlando Silva, tramita no Superior Tribunal de Justiça. Já as acusações contra os ex-ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Wagner Rossi (Agricultura) e Carlos Lupi (Trabalho) foram remetidas a tribunais em primeira instância. As denúncias contra Mário Negromonte nem sequer viraram inquérito e ainda estão sendo investigadas pela Procuradoria Geral da União. Em comum, o fato de que nenhum deles foi condenado em definitivo e que não houve devolução de recursos supostamente desviados nem a aplicação de multas aos envolvidos.

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