postado em 24/03/2013 06:02
Pouco mais de um ano separa o Carlos Lupi que deixou o Ministério do Trabalho atolado em denúncias de corrupção e foi afastado da presidência do PDT, do líder pedetista reconduzido ao comando do partido por aclamação, logo depois de emplacar o fiel aliado Manoel Dias na mesma pasta da qual foi obrigado a sair, em dezembro de 2011. Disposto a elevar o valor do cacife do partido para as eleições de 2014, Lupi aponta o PSB de Eduardo Campos como um aliado possível da legenda para 2014.
Afirma que o PDT tem a missão de puxar o governo de Dilma Rousseff para a esquerda e diz que a antecipação da campanha eleitoral foi indispensável para consolidar Dilma como candidata à reeleição e evitar uma candidatura ;irreversível; do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. Em conversa com o Correio, Lupi cita, entre os erros que cometeu em 2011, a ;espontaneidade; a que se referiu a Dilma na época. Critica a postura do correligionário Brizola Neto, que o sucedeu no Ministério do Trabalho, mas se diz disposto a manter o diálogo com o herdeiro de Leonel Brizola, fundador do partido. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Campanha antecipada
O processo eleitoral se antecipou porque houve uma preocupação do PT em não tornar irreversível a candidatura do Lula. Ele declarou que não era candidato, a Dilma assumiu que é candidata, começou a campanha. O problema é que o Lula é muito maior do que o PT. A presença do Lula nesse processo gerava uma descompensação que iria acabar prejudicando a candidatura da presidente Dilma. A antecipação serviu para garantir a Dilma candidata.