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Justiça Eleitoral julga recurso para cassar mandato de Léo Burguês

O tucano é acusado de abuso de poder econômico e político pelo Ministério Público

Poderá ser anunciada nesta quinta-feira (21/3) a sentença da Justiça Eleitoral a respeito da cassação do mandato do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB). O recurso do Ministério Público Estadual pedindo a cassação do mandato de Burguês por abuso do poder econômico e político está na pauta desta quinta-feira da sessão de julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), marcada para 17 horas.

Reeleito vereador em outubro de 2012 e reconduzido, em janeiro passado, à presidência da Câmara de Belo Horizonte, Burguês teve seu mandato cassado, no último dia 19 de fevereiro, pelo juiz Manoel dos Reis Morais, do TRE-MG. A decisão, no entanto, foi revogada pelo também juiz eleitoral Maurício Ferreira, que teve ainda a liminar concedida confirmada pela corte eleitoral, na última terça-feira, por quatro votos a zero.



A ação movida pelo promotor Eduardo Nepomuceno contra Leo Burguês pede a cassação do mandato e a inelegibilidade do político por oito anos por considerar que o tucano agiu em desacordo com a lei eleitoral ao ordenar despesas da Câmara com propaganda oficial, incluindo a dele próprio, no ano em que também disputava a reeleição ao cargo de vereador.

Defesa

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês, justificou como ;erro matemático; as alegações contidas na ação pedindo a cassação do mandato. ;Houve um equívoco no cálculo. Erros acontecem, mas quando for feita a perícia e os números forem analisados, veremos que o cálculo está errado;, afirmou Burguês, na época em que teve o mandato cassado pelo juiz Manoel dos Reis Morais.

Na sentença, que apontou abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral por Burguês, o juiz cita uma média anual de R$ 1,8 milhão, gastos nos últimos três anos para a divulgação das atividades da Câmara de Belo Horizonte. No ano passado, entretanto, segundo o magistrado, esse valor alcançou R$ 2,7 milhões, quase R$ 1 milhão a mais que a média.
Léo Burguês rebateu os números que serviram de base para a ação do Ministério Público Estadual e apresentou valores diferentes. ;A Câmara gastou nos últimos três anos R$ 9,3 milhões. O que daria uma média de R$ 3,1 milhões por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milhões, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poderíamos ter gasto;, disse o tucano.