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Politica

Valesca Popozuda critica Feliciano e defende liberdade de orientação sexual

Funkeira publicou manifesto contra nomeação do pastor evangélico para a presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados



Defensora constante dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, a carioca costuma valorizar a força que recebe da comunidade LGBT em suas apresentações. No ano passado, ela chegou a lançar uma faixa dedicada a estes fãs, com participação do promoter David Brazil, em que canta "sou bi, sou free, sou tri, sou gay".

Confira abaixo a íntegra do texto em que Valesca Popozuda critica Marco Feliciano:

"Preciso fazer um desabafo. Estava em Brasília fazendo um show maravilhoso e quis conhecer o nosso Congresso Nacional, a casa da nossa Presidenta, Palácio do Planalto ou seja, quis fazer um passeio pela nossa capital. Mas, ao fazer o passeio, bateu aquela tristeza. Bateu a tristeza de uma brasileira que sempre quer o melhor para o seu país.

Estamos envolvidos em muitas polêmicas, mas uma em especial me chamou a atenção, que é o caso do Deputado Federal Marcos Feliciano, atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Nada contra a pessoa dele como Pastor, até porque não venho aqui comentar ou falar sobre os vídeos dele que eu vi na internet pedindo até senha de cartão de débito e pegando dinheiro dos fieis.

Isso é um problema entre a religião dele e seus seguidores. Afinal, as contas, no fim da vida, ele vai ter que prestar com Deus. Isso tudo podem ter certeza que será posto na balança, e sim venho dizer e reclamar como cidadã a forma como ele trata os Negros e os Gays.

Como uma pessoa que usa as palavras que ele usa, que tem os pensamentos que ele tem, pode se tornar presidente de uma comissão para tratar dos direitos humanos? Ser gay, ser negro, ser branco ou roxo, católico, evangélico, espírita ou judeu não faz ninguém menos e nem mais Humano que o outro.

Gente, o Brasil é um país laico e a religião não pode se confundir com a política. Infelizmente é isso o que está acontecendo nesse momento! Não podemos fechar os olhos e deixar acontecer. Não se pode pregar dentro do Congresso. Estou envergonhada nesse momento, pois existiu uma votação para escolher a pessoa para presidir essa comissão e usaram religião e interesses políticos (como sempre, né?) para escolher um representante que não aceita e nem reconhece as minorias.

Enfim, fica meu protesto e desagrado na escolha dele. Espero que façamos algo contra e não fiquemos de braços cruzados deixando o barco ir na direção contrária, fazendo um retrocesso no Brasil".