Jornal Correio Braziliense

Politica

Sessão para eleger Marco Feliciano é interrompida por conta de tumulto

Pastor indicado para assumir Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados é conhecido por posições homofóbicas e racistas. Integrantes se manifestaram contra

Sessão, nesta quarta-feira (06/3), para eleger o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados é interrompida por conta de tumulto e manifestações contra o parlamentar.

A decisão de suspender a sessão foi do atual presidente Domingos Dutra (PT/MA), atual presidente da comissão. "O abacaxi está com o colégio de líderes, que vai ter que resolver o impasse", declarou sob aplausos dos manifestantes.



"Foi uma decisão acertada, eles vão ter que recuar", afirmou o deputado Jean Wyllis (Psol/RJ).

Votação da CDH foi remarcada para 9h30 de amanhã. Após reunião com o PSC, Henrique Alves anunciou que a sessão de amanhã será restrita apenas a integrantes da comissão.

Bate-boca

Como a vaga precisa ser do Partido Social Cristão (PSC), o líder do PSol, Ivan Valente, sugere que o partido se reúna para indicar outro nome.

No entanto, o líder do PSC, André Moura, diz que o partido não vai tirar o nome de Feliciano. A declaração irritou os manifestantes. A deputada Erika Kokay (PT/DF) rebateu: "A candidatura dele fere o regimento."

Domingos Dutra pediu paciência ao PSC. "Vocês já sabiam que a indicação de Feliciano era polêmica", argumentou.

Polêmica

Feliciano é acusado de ter feito afirmações racistas e homofóbicas. Integrantes da comissão planejam anular o voto para que o pastor não assuma o cargo de presidente da Comissão.