Jornal Correio Braziliense

Politica

Indicações dos partidos devem ser confirmadas em oito dos 10 postos

Exceções são a segunda-vice e a segunda-secretaria, que terão candidaturas avulsas em plenário

Para além da disputa pelo comando da Câmara dos Deputados, estão os outros 10 cargos distribuídos entre os partidos. Cada vaga tem uma função específica e interesses particulares envolvidos. Ao todo, as nomeações de comissionados a que a Mesa Diretora terá direito custarão R$ 22,9 milhões. A cifra na casa dos oito dígitos, no entanto, não é o maior desejo dos concorrentes. A principal briga em curso diz respeito ao poder de decisão que cada posto detém. Entre os futuros ocupantes estão empresários, agricultores e alguns parlamentares que colecionam registros em processos judiciais. Pelo menos em dois postos, a segunda-vice-presidência e a segunda secretaria, haverá disputas internas.



[SAIBAMAIS]O vice-presidente da mesa deve ser o paranaense André Vargas, secretário de Comunicação do PT. O petista conquistou a indicação do partido ao cargo graças aos anos em que se dedicou a traçar estratégias de defesa pública do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de alguns colegas réus no julgamento do mensalão, como José Dirceu. Integrante da bancada empresarial da Câmara, Vargas é um dos que atribui à ;mídia; toda a culpa pela imagem negativa do Legislativo. Saiu em vantagem na indicação da legenda também por ter um bom relacionamento com peemedebistas, especialmente com Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), candidato favorito à presidência da Casa. O posto que Vargas assume hoje coloca ainda em suas mãos a substituição imediata de Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Congresso.