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Senado não define nome de concorrente de Renan Calheiros à presidência

Grupo de senadores ficaram insatisfeitos pela resposta negativa em usarem microfone do plenário durante a eleição. Jarbas Vasconcelos demonstra oposição à candidatura de Calheiros

Terminou sem decisão, na manhã desta quinta (31/1), a reunião que definiria o nome que concorrerá nesta sexta-feira (1;/1) com Renan Calheiros (PMDB-AL) à Presidência do Senado. Descontente com a possibilidade de não poderem usar o microfone do plenário durante a eleição, um grupo de parlamentares contrários à candidatura do peemedebista promete lançar diversas candidaturas, e não apenas a de Pedro Taques (PDT-MT) ou a de Randolfe Rodrigues (PSol-AP).

;Nossa reunião foi realizada para analisar esse quadro de anomalia, de uma candidatura que a gente considera uma atitude inconsequente, uma candidatura de uma pessoa quase caracterizada de ficha-suja;, atacou Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). A reunião foi no gabinete dele e contou com as presenças de Randolfe, Taques, Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Álvaro Dias (PSDB-PR).

Segundo os senadores, um consultor da Mesa Diretora foi chamado para dizer se todos os parlamentares poderão usar a palavra na tribuna na eleição de amanhã, ao que ele respondeu que só será permitido aos candidatos. Os parlamentares protocolam, no início desta tarde, um ofício à Mesa Diretora para saber oficialmente que se não serão permitidos discursos a outros senadores.

[SAIBAMAIS];Resolvemos manter as candidaturas de Pedro Taques e de Randolfe para que amanhã a gente possa decidir. Esse quadro (de não poder falar na tribuna) agrava a anomalia e, se for preciso, lançaremos várias candidaturas;, explicou Vasconcelos. Buarque completou que será um dos candidatos, caso só possa subir à tribuna nessa condição. ;Se puder falar sem ser candidato, continuo apoiando as candidaturas de Taques e de Randolfe, que representam, até pela idade, a renovação da Casa;, disse o pedetista.



Os senadores afirmaram que esperam uma surpresa da eleição de amanhã. Randolfe alegou que o voto é secreto e que, por isso, pode ser fortemente influenciado pela pressão da opinião pública e não apenas por acordos políticos. Ontem, um grupo protestou, na frente do Congresso, contra a candidatura de Renan. Na internet, corre uma lista de assinaturas também contrárias ao peemedebista. Os senadores podem decidir se candidatar ou não até o momento da eleição. Não é necessário oficializar antes.