Empossados ontem em cidades estranguladas por dívidas e com crônicos problemas de saneamento e infraestrutura, os novos prefeitos, especialmente os que administrarão as capitais, serão responsáveis por provar a capacidade de gestão dos partidos a que são filiados. Principais oponentes na disputa presidencial de 2014, petistas e tucanos tentam obter êxito em São Paulo e nas duas principais capitais da região norte, Belém e Manaus. O PSB assumiu duas das três maiores cidades do Nordeste, Fortaleza e Recife, o DEM tenta ressurgir em Salvador, o PDT terá dobradinha na região Sul ; Curitiba e Porto Alegre ; e o PMDB comandará o Rio de Janeiro durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
A principal vidraça será São Paulo, que voltará a ser administrada pelo PT após oito anos. O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que traz no currículo o sucesso do ProUni e os sucessivos fracassos na realização do Enem, assume uma cidade com uma dívida de R$ 58 bilhões, licitações para merenda e uniformes escolares pendentes e problemas quase insolúveis de mobilidade urbana.