Para diminuir o deficit prisional atual do país, que está em pouco mais de 200 mil vagas, o governo pretende criar 60 mil até 2014. Hoje, a população carcerária ultrapassa os 500 mil. O objetivo é resolver o problema nos centros de detenção femininos e reduzir o número de presos em delegacias, transferindo-os para cadeias públicas. A previsão de investimentos é de R$ 1,1 bilhão. O problema é que a burocracia das administrações federal e estaduais, admitida pelo próprio ministro, não acompanha as intenções governamentais. Apenas nos últimos três anos, o Ministério da Justiça deixou de desembolsar R$ 673 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). O dinheiro é usado na construção, na modernização e na manutenção de presídios.