Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta segunda-feira (8/10) que a presidenta Dilma Rousseff está satisfeita com o desempenho do PT nas eleições municipais e que a avaliação do partido sobre o resultado é positiva, apesar de derrotas em cidades importantes e dos impactos do julgamento da Ação Penal 470, o conhecido processo do mensalão.
%u201CO balanço geral é muito positivo, levando em conta que estamos sob uma saraivada, uma pressão muito forte%u201D, disse o ministro, em referência ao julgamento da Ação Penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Carvalho, o PT teve conquistas muito simbólicas, como a chegada ao segundo turno em Campinas, com o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmamn, e, principalmente, na capital paulista, onde o ex-ministro Fernando Haddad segue na disputa pela prefeitura com o tucano José Serra.
%u201CEm São Paulo a gente dizia que não ia ser fácil e que na reta final a militância poderia fazer a diferença, e fez.%u201D O ministro destacou a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Haddad e disse que a chegada ao segundo turno mostra a importância do ex-presidente como articulador político.
%u201CAqueles que, apressadamente, tentavam cantar a pedra de uma eventual falência ou decadência da liderança do ex-presidente Lula devem estar neste momento com a pulga atrás da orelha, se dando conta que não é bem assim, que o Lula tem muito ainda a contribuir para o país%u201D.
Segundo Carvalho, a relação com o PMDB saiu fortalecida das eleições municipais e as alianças entre os dois partidos para o segundo turno, principalmente em São Paulo, estão sendo negociadas. O ministro disse que, assim como no primeiro turno, a presidenta deve manter a cautela nas participações em palanques. %u201CA presidenta tende a manter a cautela, mas em todo lugar onde o outro lado não tenha a base aliada, ela estará mais livre%u201D, declarou.
O ministro reconheceu derrotas significativas do PT, caso do Recife, em que o candidato do partido, Humberto Costa, ficou em terceiro lugar, e em Teresina, com o ex-governador Wellington Dias, que também chegou em terceiro. %u201CSão derrotas que doem muito, onde se tem nitidamente um problema de análise equivocada do partido. Esses casos são problemas de divisão interna que nos levam à derrota, é mais ou menos fatal%u201D.
Já a derrota em Belo Horizonte, onde o petista Patrus Ananias foi vencido no primeiro turno pelo atual prefeito Márcio Lacerda (PSB), é relativa, segundo Carvalho. %u201CHá casos em que você perde eleitoralmente, mas ganha politicamente. Em BH foi assim%u201D.