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Fracassa manobra de governistas na CPMI para ligar Serra a desvios

A bomba armada pelos governistas na CPI do Cachoeira a partir do depoimento prestado ontem pelo engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da estatal paulista Dersa, não explodiu. A frustração, principalmente dos parlamentares petistas que integram a comissão, era visível. Contrariando as expectativas dos governistas, o engenheiro não atacou o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB). O ex-diretor da empresa pública responsável pelas obras rodoviárias do governo de São Paulo negou de maneira contundente - e até bem-humorada - ter participado de qualquer esquema de arrecadação para a campanha presidencial de Serra, em 2010.



No início do depoimento, perguntado sobre como gostaria de ser chamado, Paulo Vieira de Souza respondeu que ;Paulo Preto; é um apelido pejorativo que inventaram para um personagem que não existe. "Eu não sei quem é Paulo Preto". O depoente informou que move 16 processos criminais por danos morais contra pessoas físicas e veículos de imprensa que o acusaram de ter sumido com R$ 4 milhões, dinheiro que teria sido arrecadado para o PSDB. A informação, inclusive, foi usada pela presidente Dilma Rousseff, no debate eleitoral com Serra.