Preso desde fevereiro, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deve ser interrogado nesta quarta-feira (29/8), em mais uma sessão do processo que apura as denúncias da Operação Saint Michel, da Polícia Civil do Distrito Federal. Além do bicheiro, outros sete réus são acusados de tentar controlar de forma fraudulenta o sistema de bilhetagem do transporte público do DF. O esquema renderia aos envolvidos cerca de R$ 60 milhões. Eles respondem por tráfico de influência e formação de quadrilha.
[SAIBAMAIS]A previsão é de que o juiz da 5; Vara Criminal de Brasília ouça, a partir das 14h, sete dos oito réus: Carlos Augusto de Almeida Ramos, Claudio Dias de Abreu, Heraldo Puccini Neto, Valdir dos Reis, Geovani Pereira da Silva, Dagmar Alves Duarte, Wesley Clayton da Silva. Gleyb Ferreira da Cruz já foi ouvido na audiência realizada no dia 1;. Em nota, a assessoria de comunicação do tribunal informou que a imprensa não terá acesso à sala de audiências por questões de espaço e de segurança.
Na ação penal, os promotores de Justiça do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) se basearam em escutas da Operação Monte Carlo e em documentos apreendidos no desdobramento da investigação federal contra Cachoeira, a Operação Saint-Michel, realizada em Goiânia, em Anápolis e em São Paulo. A pressão para entrar na prestação do serviço no Distrito Federal foi confirmada pelo governador Agnelo Queiroz, durante depoimento na CPI do Cachoeira, no mês de junho. Agnelo, no entanto, disse que a tentativa não obteve sucesso.
Denunciados
; Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, líder
; Gleyb Ferreira da Cruz, braço direito de Cachoeira
; Giovani Pereira da Silva, contador da quadrilha
; Valdir dos Reis, ex-servidor do GDF
; Cláudio Dias de Abreu, ex-coordenador da Delta para o Centro-Oeste
; Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta em São Paulo
; Dagmar Alves Duarte, apontado como lobista
; Wesley Clayton da Silva, vereador do PMDB em Anápolis (GO)