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Defesa de Cachoeira se irrita com afirmação de testemunha sobre Tapajós

A advogada do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Dora Cavalcanti, mostrou preocupação com a repercussão da fala do agente Fábio Alvarez, testemunha de acusação no processo que apura as denúncias contra o contraventor. Ela solicitou ao juiz Alderico Rocha que pedisse ao depoente um detalhamento da abordagem de policiais militares ao agente Wilton Tapajós. Ele foi assassinado, em circunstâncias ainda não esclarecidas, no dia 16.

Dora reclamou que a declaração da testemunha relacionava a abordagem sofrida por Tapajós a homens da PM supostamente ligados a Cachoeira sem que o agente tivesse certeza sobre a identificação dos policiais militares. Tapajós foi um dos investigadores da Operação Monte Carlo, que culminou na prisão do contraventor.

[SAIBAMAIS]O juiz solicitou que Fábio Alvarez detalhasse o episódio e o agente afirmou que o próprio Wilton Tapajós relatou a abordagem a ele. ;Eu não estava no local no momento da abordagem, ela foi relatada por ele próprio. Ele estava parado em um veículo da investigação e nesse momento foi abordado. Tapajós se utilizou de uma historia cobertura para preservar a investigação e não correr risco da integridade dele.;



De acordo com o agente, os policiais perguntaram o que Tapajós estava fazendo parado perto da casa de Sônia Regina, ex-servidora da prefeitura de Luziânia. O agente respondeu que esperava telefonema do chefe. ;Ele utilizou uma história de cobertura e que estaria esperando o chefe dele ligar. Por coincidência, houve uma ligação da base nossa que deu um ar de veracidade à história dele. Não foi tomada nenhuma diligência no momento para identificar o policial;. Alvarez contou que também foi abordado por PMs quando fazia vigilância de José Olímpio Queiroga, em Goiânia, e precisou se identificar como agente da Polícia Federal para se ver livre dos homens da força de segurança de Goiás.