A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem um pacote de R$ 6,2 bilhões para a saúde, que inclui a meta de construir, até 2014, 900 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ao custo de R$ 2,7 bilhões. Essas UPAs se somarão às 200 que já estão em funcionamento e atendem mais de 2 milhões de pessoas por mês. Para a presidente, essas unidades de atendimento rápido têm ajudado a desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o custo é salgado: segundo cálculos do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), o governo terá que desembolsar anualmente R$ 10,8 bilhões para manter essas novas UPAs em funcionamento.
O diretor do Cebes, José Noronha, ressalta que, para melhorar o atendimento à saúde, não basta aumentar o ritmo de inaugurações: ;Para exercer bem sua função, uma UPA custa quatro vezes o que foi gasto para sua construção. Difícil não é colocá-la em pé, mas mantê-la. É colocar profissionais para atender o público;. Só neste mês, o governo inaugurou oito UPAs, uma delas em São Bernardo do Campo (SP), que contou com a presença da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o segundo semestre, o plano é habilitar outras 766.