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'Por Marconi, eu topava qualquer parada', diz Luiz Bordoni à CPI

Assim como na sessão dessa terça-feira (26/6), apenas uma testemunha falou nesta quarta-feira (27/6) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Por volta das 11h50, o radialista Luiz Carlos Bordoni, começou a ser ouvido pelos parlamentares. Em entrevista, ele afirmou que recebeu dinheiro da empresa Alberto & Pantoja Construções. A quantia seria o pagamento de serviços prestados durante a campanha de Perillo ao governo de Goiás em 2010.

Bordoni contou como conheceu Perillo e falou da campanha deste para o governo de Goiás, em 1998. "Era marconista convicto. Por Marconi, eu topava qualquer parada", disse. Ele explicou como foi o acordo para trabalhar na campanha, quando acordou R$ 120 mil pelo serviço dele. "Do valor acordado com o então candidato, recebi três parcelas: uma de R$ 40 mil recebi do candidato, outra de R$ 30 mil recebi do financeiro da campanha, a terceira, de R$10 mil recebi de Jayme Rincón".



Ao Lúcio Fiúza, Bordoni disse que foi passado o número da conta da filha dele, Bruna, e que estavam certos de que Perillo teria feito os depósitos. No entanto, segundo ele, a conta foi usada indevidamente e ela acabou sendo citada como suposta laranja do senador Demóstenes. "Jamais imaginamos que a conta bancária seria passada a terceiros", lamentou". "Pelo meu trabalho limpo fui pago com dinheiro sujo".

O jornalista ressaltou que o contrato de trabalho para a campanha foi verbal, entre ele e Perillo, ficando os impostos por conta da campanha. Atestou que recebeu dinheiro do "Caixa 2" de Perillo. "Se acharem meu nome no contrato que Perillo apresentou aqui, eu engulo esta folha", disse.

Com informações de João Valadares