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Comissão do CNMP vai apurar ameaças contra procuradora do caso Cachoeira

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) definiu nesta terça-feira (26/6) que criará uma comissão para apurar as ameaças sofridas pela procuradora da República Léa Batista. Ela atua na investigação do grupo comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e recebeu dois e-mails sendo intimidada e ameaçada pela atuação no caso.

[SAIBAMAIS]De acordo com o CNMP, a comissão irá apurar em Goiânia as ameaças dirigidas a procuradora e também terá como missão prestar apoio aos membros do Ministério Público que atuam nas investigações relativas à Operação Monte Carlo. "Atentar contra a segurança de um procurador não pode passar em branco", frisou o conselheiro Tito Amaral. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, anunciou que já procurou a Polícia Federal, que já teria se colocado à disposição para garantir a segurança de Léa Batista.

No último sábado (23/6), Léa recebeu um e-mail no qual é ameaçada pela sua participação nas investigações contra o grupo de Cachoeira. Com o título ;cuidado;, um homem que se identifica como Silvio Caetano Rosa alerta que a procuradora e a família correm risco. ;Sua vadia ainda vamos te pegar, cuidado, você e sua família correm perigo;, destaca o e-mail.



O CNMP criou a comissão para apurar as ameaças após o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho, se reunir com o corregedor do CNMP, Jeferson Coelho, para pedir providências. Na manhã desta terça-feira, o corregedor levou o caso a discussão no plenário do Conselho e sugeriu a criação da comissão. "Quem ameaça o Ministério Público não ameaça só o MP, mas o próprio Estado democrático de direito", disse Jeferson Coelho. Além de Léa Batista, atuam nas investigações relativas à Operação Monte Carlos os procuradores Daniel Sarmento e Pedro Tavares Filho, além dos promotores Fernando Krebs e Fabiana Lemos.