Em sessão marcada pelo silêncio, a única testemunha a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira foi o arquiteto Alexandre Milhomen. Ele é a terceira pessoa a comparecer ao Senado, nesta terça-feira (26/6), depois que o ex-assessor do governador Marconi Perillo (PSDB), Lúcio Fiúza Gouthier, e um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, Écio Antônio Ribeiro, evocaram o direito constitucional de permanecerem calados.
[SAIBAMAIS]Segundo a investigação feita pela Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, Alexandre Milhomen teria recebido de Cachoeira e da mulher dele o pagamento de R$ 30 mil pelo serviço. Durante a oitiva, ele contou que, por diversas vezes, escolheu os materiais necessários para a obra e que o pagamento teria sido feito pela proprietária da casa, Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira.
O arquiteto ressaltou que não conhecia o governador de Goiás, Marconi Perillo, e desconhecia que esta casa pertencia a ele. Disse que foi contratado para decorar o interior da casa que havia pertencido ao governador Marconi Perillo e onde o empresário foi preso, em fevereiro, pela Polícia Federal. No entanto, Milhomen disse que não conhece o governador nem sabia que a casa havia pertencido a ele."Fui contratado pela senhora Andressa Mendonça para fazer uma casa provisória, que havia sido emprestada por um amigo dela de forma provisória", disse.
Alexandre Milhomen disse que trabalhava para Cachoeira e Andressa desde fevereiro de 2010. Pelo serviço de decoração, Milhomen informou que recebeu cinco pagamentos de R$ 10 mil. Ele também disse que não conheceu o empresário Walter Paulo Santiago, que afirmou ser o comprador da casa.