O deputado federal suplente Fernando Jordão (PMDB-RJ) virou réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). Por unanimidade, os ministros aceitaram nesta quinta-feira (14/6) denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) para apurar suposto esquema de compra de votos quando ele era prefeito de Angra dos Reis (RJ), posto ocupado entre 2001 e 2008.
Segundo o MPE, Jordão usou a máquina pública municipal nas eleições de 2008 para oferecer transporte marítimo gratuito a potenciais eleitores. O objetivo era impulsionar a candidatura de seu primo, Artur Otávio Scapin Jordão Costa, conhecido como Tuca, que venceu as eleições para prefeito com 52,2% dos votos.
A defesa de Jordão argumentou que a embarcação não servia para transportar eleitores e sim materiais de construção para obras executadas em Ilha Grande (RJ). Os ministros do STF não aceitaram o argumento e abriram a ação penal para apurar detalhes sobre o caso.
Jordão assumiu vaga na Câmara dos Deputados em março do ano passado como suplente de Pedro Paulo Teixeira (PMDB-RJ), que foi escalado para chefiar a Casa Civil municipal do Rio de Janeiro.