O governador do DF, Agnelo Queiroz, usou o tempo inicial de defesa, durante a CPI mista do Cachoeira, para rebater acusações de que o esquema criminoso do contraventor Carlinhos Cachoeira teria chegado ao Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). Agnelo é o segundo governador que se defende de acusações de relações com o grupo do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O bicheiro foi preso em fevereiro deste ano sob a acusação de corrupção e exploração de jogos ilegais.
[SAIBAMAIS]O petista alegou que, segundo os autos da Polícia Federal, o grupo do bicheiro tentou fraudar o sistema de bilhetagem do DF. "Tentou, mas não conseguiu, porque o DFTrans sequer realizou a licitação", disse. Durante a sessão, Agnelo entregou documentos que comprovam que o GDF também interviu no sistema de bilhetagem somente em junho de 2011. "Caiu o gasto do DF, no subsídio para o transporte público de Brasília, de R$ 9 milhões para R$ 3 milhões. (...) Haviam mais de dois mil cartões clonados".
Palanque na CPI
Grande parte do depoimento do governador foi usado para descrever as medidas adotadas no governo dele para melhorar o DF. Descreveu o descalabro na saúde herdado do governo do DEM. "Tenho a consciência tranquila. A população sabe em que condição herdei a cidade. Uma cidade humilhada", lamentou.
Agnelo atribuiu a origem da perseguição do crime organizado à criação da Secretaria de Tansparência e da ouvidoria que recebe denúncias de corrupção, além de outras medidas de moralização. "Fizemos deste período, pasmem senhores parlamentares, 14 mil auditorias".