O governador do Distrito Federal já está no Senado, na Liderança do PT na casa, reunido com parlamentares e base de apoio. Nesta quarta-feira (13/6), ele depõe na CPI Mista do Cachoeira, que investiga as relações entre políticos e empresário e o grupo do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O bicheiro foi preso em fevereiro deste ano sob a acusação de corrupção e exploração de jogos ilegais.
Agnelo é o segundo governador a depor na comissão. Ontem, Marconi Perillo falou por oito horas e negou relação com Cachoeira. Ele garantiu que a venda da mansão em Goiânia transcorreu dentro da legalidade.
A previsão para hoje é de que, além das perguntas que serão feitas durante a oitiva, os tucanos também perguntem se Agnelo aceita abrir o sigilo fiscal, bancário e telefônico.
Na última semana, todo o estafe do governador do Distrito Federal se mobilizou para preparar o depoimento dele. Assessores, deputados, advogados e marqueteiros se envolveram na construção do discurso e da postura do petista na arena da investigação sobre favorecimento do grupo liderado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e dos negócios da Delta Construções no Distrito Federal.
Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, tema que ele está seguro para responder, não são o único desafio do político. Ele também será cobrado por integrantes da comissão a explicar assuntos do passado, como a atuação no Ministério do Esporte e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sua evolução patrimonial.
Com informações de Lilian Tahan e Ana Maria Campos