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Relator diz que Perillo 'é investigado' e causa tumulto na CPMI

A sessão do depoimento de Marconi Perillo já passa das seis horas de duração, nesta terça-feira (12/6). Na última polêmica, o relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), citou o governador de Goiás como "investigado pela comissão" e causou tumulto entre deputados.

Cunha perguntou se Perillo abririria mão do sigilo telefônico. Perillo disse que, na condição de testemunha, não abriria o sigilo telefônico e de SMS. A sessão, que estava gelada, esquentou. O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI, corrigiu o colega e conteve a polêmica, declarando que "o depoente está aqui na condição de testemunha".

O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) disse no depoimento que não fará pré-julgamento de Carlos Cachoeira. Ele fala desde as 10h15 da manhã, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. A comissão ouve o governador tucano, supostamente envolvido com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Questionado por parlamentares sobre sua relação com o bicheiro, Perillo repetia resposta padrão: "Algumas coisas a gente só descobre depois do acontecido. Só fiquei sabendo depois com a publicação das gravações na imprensa".



Elogio amigo
Enquanto oposicionistas se esmeraram para abrir fogo contra o governador de Goiás, Marconi Perillo, o deputado Silvio Costa (PTB-PE), incendiou a comissão ao defedê-lo. Desde as 10h15 desta terça-feira (12/6), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ouve o tucano.

[SAIBAMAIS]Silvio Costa ressaltou que Perillo mostrou claramente à CPI que foi para falar a verdade. Enfatizou que em mais de cinco horas de depoimento, ninguém conseguiu provar a relação dele com os negócios ilegais de Cachoeira. "O senhor tenha certeza de que sai maior do que entrou nesta CPI", elogiou.

Primeiro round
O depoimento do tucano Marconi Perillo é o primeiro round da batalha que já começou a ser travada entre PSDB e PT. O discurso em defesa da apuração isenta dos fatos, reafirmado desde o início dos trabalhos da comissão, deu lugar a uma franca disputa partidária. Os petistas serão os primeiros a abrir fogo, usando os grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, que mostram a relação entre Perillo e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O contra-ataque dos tucanos está marcado para esta quartaquando será ouvido o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).