Durante o depoimento inicial de defesa, por mais de uma hora, o governador Marconi Perillo, disse que, se soubesse que a venda da casa dele em Goiás causaria tanto desconforto, continuaria a morar nela. O tucano é ouvido desde as 10h15 desta terça-feira (12/6) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o esquema criminoso do contraventor Carlinhos Cachoeira.
[SAIBAMAIS]Segundo o governador, o ex-vereador Wladimir Garcêz fez a oferta e o preço combinado foi de R$ 1,4 milhão em três parcelas. "Os cheques foram pagos em março, abril, maio. Passo os 3 cheques repassados a mim. Passo os extratos dos 3 meses. No momento da escritura, Garcez fala que não ficaria com a casa e passaria pro empresário Walter Paulo."
Perillo disse estar espantado com a repercussão da venda de um bem dele, feita por trâmites legais, enquanto outros cobram propinas e fazem licitações fraudulentas. "Vale registrar que boa parte dos recursos que pagaram essa casa são oriundos de um empréstimo da Caixa, que só foram quitados quando recebi os cheques", disse. Ressaltou também que até então desconhecia que o ex-vereador Wladimir Garcez teria feito empréstimos para pagar o valor. "Só agora, após o depoimento do ex-vereador Garcez, é que soube que ele havia usado empréstimo de terceiros. Ele sabia, eu nunca imaginei".
Os parlamentares presentes riram quando o tucano disse que gostaria que o senador Ciro Miranda tivesse comprado a casa. ;Se Vossa Excelência tivesse adquirido minha casa, não estaríamos aqui discutindo a venda de uma casa particular;. Vários jornais haviam publicado reportagens que apontavam que Miranda chegou a se interessar pelo imóvel.