A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovou nesta quarta-feira (30/5) por unanimidade, a quebra dos sigilos bancários, fiscal, telefônicos do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Além desses sigilos, que são previstos pela Constituição Federal, a comissão também aprovou a abertura dos sigilos das mensagens de e-mail e via telefone, do senador, nos últimos 10 anos.
Demóstenes é investigado pelo seu envolvimento com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal sob a suspeita de comandar uma organização criminosa envolvendo políticos e empresas, além de exploração de jogos ilegais.
Ontem (29/5), em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, Demóstenes confirmou sua ligação com Cachoeira, mas negou ter recebido dinheiro do empresário e disse não ter ciência do envolvimento de Cachoeira com atividades ilícitas.
O depoimento de Demóstenes na CPMI está previsto para amanhã (31/5). No entanto, seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, informou que apresentará um pedido para que ele possa não comparecer.
Além das quebras de sigilo, a comissão aprovou um pedido a ser encaminhado ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de detalhamento das operações bancárias realizadas pelo senador, consideradas atípicas.
A comissão também aprovou hoje, por unanimidade, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de 14 empresas suspeitas de integrarem a suposta organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira. Entre as empresas estão construtoras, prestadoras de serviços de comunicação, empresas de diversões, de exportação e importações, além de duas emissoras de rádio do estado de Goiás e uma emissora de TV.