O gabinete do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu nesta quarta-feira (16/5) notificação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira confirmando a liberação de dados para os advogados do empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
A partir da notificação, os integrantes da CPMI querem que Mello reveja decisão da última segunda-feira (14) que suspendeu o depoimento de Cachoeira na comissão parlamentar. O empresário é investigado por supostas ligações ilegais com políticos, empresas e autoridades públicas.
Na decisão que suspendeu o depoimento na CPMI, Celso de Mello havia criticado o fato de os advogados de Cachoeira não terem obtido acesso às provas produzidas contra ele, o que poderia configurar cerceamento de defesa. Por precaução, Mello optou por suspender o depoimento até colher mais informações sobre o assunto.
As críticas de Mello surtiram efeito e a CPMI liberou ontem (15) o acesso das provas à defesa de Cachoeira. Horas depois, o ministro afirmou que poderia reavaliar sua decisão, pois o obstáculo à defesa havia sido removido, mas que precisaria de notificação oficial para agir. Segundo assessores do ministro, é pouco provável que uma decisão seja tomada ainda hoje.