Uma quebra de sigilo bancário e telefônico autorizada pela Justiça serviu como prova em investigação de suposta compra de sentença pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, quatro anos antes da deflagração da Operação Monte Carlo. O Tribunal de Justiça (TJ) de Goiás tem conhecimento do modus operandi do bicheiro desde a primeira oferta de denúncia pelo Ministério Público (MP) de Goiás, em 2005. O MP voltou a acionar o TJ sobre a suposta venda de sentença envolvendo um magistrado do órgão, em benefício a Cachoeira, no ano de 2008.
[SAIBAMAIS]Naquela ocasião, a denúncia incluiu extratos de ligações telefônicas, laudo de exame pericial dos diálogos, comprovantes de saques, depósitos nas contas bancárias dos envolvidos e cópias de cheques. A denúncia foi aceita somente no ano passado, por unanimidade, na Corte Especial do TJ de Goiás. Após o escândalo envolvendo Cachoeira, a ação finalmente entrará na pauta do colegiado: será apreciada amanhã pelos desembargadores.