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Hackers conseguem invadir urna eletrônica durante teste de segurança

Uma equipe de especialistas em computação e segurança da informação da Universidade de Brasília (UnB) conseguiu mapear a ordem de votos inseridos em uma urna eletrônica, o que, em tese, tem potencial para quebrar o sigilo dos votos de uma eleição. A experiência foi feita ontem, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante o terceiro dia dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação. O grupo, comandado pelo professor de Ciência da Computação Diego Aranha, 29 anos, organizou os votos na ordem cronológica de registro na urna a partir de uma eleição simulada.

A invasão ao sistema da urna que embaralha a ordem dos votos, no entanto, não colocaria em risco as eleições. É o que afirma Wilson Veneziano, membro da comissão organizadora dos testes e professor de Ciência da Computação da UnB. Segundo ele, só seria possível identificar quem votou em quem caso o hacker tivesse acesso à ordem em que cada eleitor foi às urnas para votar. Nas salas de votação, os eleitores são identificados apenas em uma lista por ordem alfabética.