Começou, por volta das 15h desta terça-feria (28), a votação da Lei Geral da Copa. Já no início da sessão, o relator Vicente Cândido (PT-SP) bateu o martelo quanto ao preço dos ingressos. Os valores previstos são de U$ 900 para a Categoria 1, U$ 450 para a Categoria 2, U$ 100 para a terceira Categoria e U$ 50 para a número 4. Idosos terão direito à meia entrada em todas as faixas.
O deputado Rui Palmeira (PSDB-AL), o primeiro a falar, argumentou de que deveria haver um percentual de ingressos da categoria 4 ; a mais barata ; para todas as partidas, o que não está explícito no texto. Ele se mostrou contra o projeto. O deputado Jonas Donizette (PSB-SP) relembrou a polêmica sobre a venda de bebidas alcóolicas nos estádios e pediu a retirada do artigo que libera a comercialização durante as partidas. Carmen Zanotto (PPS) compartilha a mesma ideia. "A porta de entrada das drogas é o consumo de bebidas", disse.
Chico Alencar (PSOL-RJ) soltou o verbo reclamando da intervenção na soberania do país. "A Fifa precisa entender que o Brasil tem leis e regras e não vai ceder às pressões que ela impuser". Já o deputado André Figueiredo (PDT-CE) questiona o legado que a Copa deixará e se os 12 estádios serão elefantes brancos.
Momentos antes da votação começar, representantes do Conselho Nacional dos Procuradores entregaram um manifesto ao presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), contra a liberação de bebida alcoólica nos estádios durante a Copa do Mundo.
Membros do Comitê Popular da Copa também reivindicam no plenário 10 da Câmara. Cerca de dez pessoas carregam faixas com dizeres contra a Fifa: "Lei Geral é Inconstitucional" e #Fifabaixabola.
As principais mudanças no texto a ser votado dizem respeito à meia-entrada ; exclusiva para idosos, estudantes e brasileiros favorecidos por programas federais ;, à zona de exclusividade para a Fifa em todas as arenas, à venda de cerveja durante os Jogos e às regras de segurança.
O projeto da Lei Geral da Copa tramita em regime de prioridade e, depois da votação feita pela comissão especial, a proposta seguirá para o plenário da Câmara e, em seguida, para o Senado.
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