A vitória do PT na disputa pela prefeitura de São Paulo é, na cabeça do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro passo para consolidar o projeto hegemônico petista. Depois de o partido conquistar a Presidência da República em 2002, 2006 e 2010, Lula quer retomar a prefeitura paulistana e, em 2014, vencer também o governo estadual, um bastião político controlado pelo PSDB desde 1994. ;São Paulo é a última trincheira organizada da oposição ao governo federal;, admite o presidente estadual do PT em São Paulo, deputado Edinho Silva.
Para que isso dê certo, é fundamental a eleição do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, na maior cidade do país. Mas não só. Pelos planos dos estrategistas, o partido de Lula precisa se sair bem na capital, no grande ABC, na Grande São Paulo (Osasco e Guarulhos, por exemplo) e em cidades polo, como Campinas, Ribeirão Preto, Santos e São José do Rio Preto.
Lula tem dito muito claramente aos interlocutores petistas que a sua nova missão será desalojar o tucanato de São Paulo. ;Nós provamos que o PSDB fez mal aos brasileiros. Agora, temos mostrar que eles também fizeram mal aos paulistas;, repete ele, como mantra, segundo comentários de mais de um correligionário. O plano é ambicioso, mas a tarefa não é tão simples.
O ex-presidente atropelou a democracia interna petista e impôs a candidatura de Haddad. Em seguida, começou as articulações para ampliar o leque de alianças. Não se furtou, inclusive, de conversar com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), outro que tem dado sinais ambíguos e contraditórios nessa disputa. Ora pode estar no palanque com o PT, ora com o PSDB, caso o candidato tucano seja José Serra.
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