Brasília - O corpo do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa, foi enterrado no fim da tarde de hoje (18) no Cemitério Campo da Esperança. O cortejo que saiu do STF, onde o corpo era velado, por volta das 16h chegou ao local do sepultamento às 17h20.
Coberto com as bandeiras do Brasil e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o caixão foi recebido com tiros por soldados do Batalhão de Polícia do Exército.
Maurício Corrêa morreu no fim da tarde de ontem (17), em Brasília, aos 77 anos de idade, de uma parada cardiorrespiratória. Ele estava internado há uma semana e colocou um marcapasso na segunda-feira.
O presidente do STF Cezar Peluso, o ministro José Dias Toffoli e o ministro aposentado Sepúlveda Pertence compareceram ao sepultamento, mas não deram declarações.
O corpo foi enterrado na Ala dos Pioneiros de Brasília, próximo ao local que abrigou o túmulo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, antes de ser transferido para o Memorial JK.
Velado desde as 10h no Salão Branco do Supremo, o corpo de Maurício Corrêa deixou o STF depois de uma missa celebrada às 15h.
Corrêa era mineiro de São João do Manhuaçu, e começou sua carreira como advogado e procurador. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Brasília, de 1979 a 1986, ano em que se elegeu senador pelo Distrito Federal. Corrêa participou ativamente da Assembleia Constituinte e das apurações de corrupção no governo Fernando Collor.
Quando exercia o mandato de senador, Corrêa foi escolhido para ministro da Justiça no governo Itamar Franco, cargo que ocupou entre 1992 e 1994. No mesmo ano, foi nomeado ministro do STF, respondendo pela presidência da Corte entre 2003 e 2004. Deixou o cargo antes de terminar o mandato quando completou 70 anos, e foi aposentado compulsoriamente.