A votação do projeto de lei que cria a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos (Funpresp) federais, que deveria ocorrer na noite desta quarta-feira (8), foi adiada para terça-feira (14) da próxima semana. A decisão foi tomada há pouco pelo presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), que encerrou a sessão ordinária da Casa sem convocar sessão extraordinária para a votação da Funpresp.
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que não entendeu porque Marco Maia adiou a votação da Funpresp, uma vez que estava tudo acertado para votar hoje o texto principal da matéria e, na próxima semana, os destaques que visam a modificar a proposta. ;A posição do governo era votar hoje. Tínhamos mais de 450 deputados na Casa e em torno de 308 a 310 deputados favoráveis à aprovação da Funpresp;.
Vaccarezza e Marco Maia vinha tentando entendimento com os partidos de oposição para viabilizar a votação hoje. O PSDB havia proposto ontem (7) votar o texto no dia 28 próximo, sem obstrução. Lideranças governistas chegaram a elogiar a proposta. No entanto, hoje, os governistas disseram que não existiam condições de adiar a votação.
A decisão de Marco Maia, de encerrar a sessão sem começar a votar a Funpresp, pegou os governistas de surpresa. ;Ele [Marco Maia] pode ter encerrado a sessão por razões políticas. Não sei o que provocou essa decisão. Foi uma decisão unilateral dele;, disse Cândido Vaccarezza. Mesmo com a decisão de adiar a votação, Vaccarezza declarou que não considera essa postura do presidente da Câmara como uma crise.
Ao fim da sessão, Vaccarezza convocou os líderes da base aliada para uma reunião com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no Palácio do Planalto.