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Aécio Neves eleva o tom e fala como candidato criticando governo Dilma


Belo Horizonte ; Um dia depois de o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ter voltado a considerar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) o ;candidato óbvio; do partido na próxima eleição presidencial, o parlamentar mineiro elevou o tom e mirou no governo Dilma Rousseff (PT). Discorreu sobre o que chamou de ;malfeitos; dentro do governo, a ;inépcia; de gestão da administração pública e atacou o que assinalou ser ;exagero na ocupação dos cargos públicos;, denunciando o aparelhamento da máquina federal.

;Há dificuldade do governo em diferenciar o que é público do que é privado, o que é partidário do que é privado. São sucessivos exemplos, grandes e pequenos, dessa confusão do governo nas nomeações;, disse, citando em seguida ;a interferência política no Banco do Brasil e na Petrobras;. ;Essa questão sem esclarecimentos do governo sobre a Casa da Moeda e a Caixa, naquela nebulosa transação com o Banco Panamericano, para não citar outros desatinos;, atacou, considerando o governo ;frágil; do ponto de vista gerencial. ;O tempo é que vai mostrar isso. Com o tempo, vai ficar muito claro que o governo do aparelhamento não é bom para o Brasil;, disse, instando o governo a deixar ;imunes; às indicações políticas áreas, como a Petrobras e os bancos oficiais.

Divergindo de FHC, que em artigo publicado domingo, criticou as ;vozes roucas da oposição; que preferem ;sussurrar;, Aécio Neves sustentou ontem, na Cidade Administrativa, depois de se reunir com o governador Antonio Anastasia (PSDB) e com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB): ;Em relação ao papel da oposição, vejo essa crítica permanente, de que a oposição é frágil, a oposição não é vigorosa. Tenho divergência em relação a essa visão. Estamos saindo do primeiro ano do mandato dos que foram eleitos. É natural que o protagonismo da cena política seja daqueles que venceram as eleições;. Segundo o senador, a oposição tem se manifestado com firmeza em relação a todas as denúncias que atingiram o primeiro escalão do governo Dilma.

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