Os 27 estudantes que participam das atividades do Projeto Jovem Senador analisam, em três comissões, as proposições resultantes das sugestões enviadas por eles em formulários de intenção legislativa. São 20 projetos de lei e três propostas de emenda à Constituição que, ao final dos trabalhos, devem ser enviados para análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
Os jovens senadores, um de cada unidade da federação, são os finalistas de concurso de redação promovido pelo Senado. Os estudantes têm entre 16 e19 anos e cursam os últimos anos do ensino médio em escolas públicas. Como prêmio, além de notebooks, conquistaram o direito de atuar como senadores, elaborando proposições, em um "mandato" de três dias.
"As propostas nos surpreenderam pela qualidade. Os estudantes estão muito interessados, participando bastante. Perguntaram sobre processo legislativo, sobre o funcionamento das comissões e do Plenário", informou o consultor-geral do Senado, Paulo Mohn, que coordena os trabalhos.
Mohn informou que a maior parte das proposições se relaciona à educação. A divisão dos colegiados foi feita com base nos projetos e PECs apresentados pelos estudantes. Cada uma das comissões um com nove alunos, tratam de Assuntos Sociais e Segurança; Organização e funcionamento da Educação; e Gestão e Políticas da Educação.
Ainda na tarde desta quinta-feira (17), às 17 horas, os estudantes devem votar, em primeiro turno, as três PECs apresentadas. O segundo turno de votação das PECs e a votação dos vinte projetos de lei estão marcados pra a sexta-feira (18), quando se encerram as atividades previstas no programa.O início da sessão, que será realizada no plenário do Senado, está marcado para as 14h30.
Programa
O Programa Senado Jovem, amparado pela Resolução 42/2010, permite que estudantes brasileiros conheçam o funcionamento do processo legislativo e estimula um relacionamento permanente dos jovens cidadãos com o Senado Federal. O tema deste ano no concurso que escolheu os jovens senadores foi O Brasil que a gente quer é a gente quem faz. As redações serão publicadas em livreto produzido pelo Senado. As escolas receberão computadores, livros e DVDs.
Além dos trabalhos como senadores, os estudantes participam, em Brasília, de atividades culturais, como as visitas à Feira do Livro e ao centro cultural Banco do Brasil (CCBB).