Os deputados, autores do requerimento para que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esclarecesse na Câmara denúncias de irregularidades na pasta, fizeram diversas perguntas a ele, na audiência que ocorre neste momento, na Comissão de Fiscalização e Controle. Lupi foi convidado para falar sobre denúncias de recebimento de propina por assessores do ministério, pagas por organizações não governamentais (ONGs).
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) perguntou a Lupi se ele havia recebido algum alerta da Casa Civil sobre problemas com a prestação de contas de ONGs. Ele também quis saber se o ministro havia usado um jatinho pertencente a um dos dirigentes da Fundação Pró-Cerrado, Adair Meira ; o que o parlamentar considerou um fato grave.
Lupi informou aos deputados que desconhece o dirigente da entidade e que nunca usou o jatinho dele. ;Não tenho relação pessoal com o seu Adair. Não sei onde ele mora e nunca andei em avião dele. Já andei em aviões que o PDT [seu partido] alugou para eventos da legenda. Todos são contabilizados e prestados conta.;
[SAIBAMAIS]O deputado Fernando Francischini (PSDB-PA) quis saber detalhes sobre a prestação de contas das instituições conveniadas. Lupi destacou que o convênio com a Fundação Pro Cerrado foi acompanhado e a Controladoria-Geral da União (CGU) já havia verificado falhas em alguns pontos. Quando as falhas foram encontradas, o repasse foi suspenso e a ONG chegou a ficar cerca de 130 dias sem receber recursos, explicou. A destinação só se normalizou com o aval da CGU.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) chegou a dizer que Lupi deveria entregar o cargo e abrir suas contas para dar ;transparência; aos fatos. Ele também falou sobre as declarações do ministro de que há uma série de denuncismo por parte da imprensa. ;Existe uma onda de corrupção que está sendo denunciada, não podemos inverter as coisas. Estamos trazendo fatos que foram levados ao conhecimento da sociedade por conta da imprensa;, defendeu o deputado.