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Hage diz que Dilma quer diferenciar ONGs sérias das 'fantasmas'

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, disse nesta segunda-feira (31/10) que a decisão da presidente Dilma de suspender por 30 dias os repasses para organizações não governamentais (ONGs) tem o objetivo de distinguir as ONGs "sérias e qualificadas" das "fantasmas".

"Tem uma infinidade de instituições sem experiência e sem condições. É essa distinção entre as ONGs sérias, qualificadas, e essas ONGs fantasmas que a presidenta Dilma fez questão, agora, de estabelecer com essas regras novas. A presidenta decidiu fazer essa suspensão. É uma decisão governamental. Toda decisão tem seus prós e seus contras. O mais importante é o que vai ser apurado", disse Jorge Hage ao chegar ao Palácio do Planalto para participar da posse do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

[SAIBAMAIS]Hage disse ainda que muitas organizações não governamentais foram criadas, nos últimos anos, em áreas novas de atuação do próprio governo. Ele citou a pasta do Turismo e do Esporte, como reduto dessas novas organizações. "Não é que seja um grande ralo a questão das ONGs. A questão é que foi criada uma infinidade de organizações em áreas novas, em áreas de atuação nova do próprio Poder Público, como no Turismo e no Esporte, que não têm a tradição das áreas como da Educação, onde existem organizações governamentais com experiências consagradas durante décadas", ponderou.

O ministro informou que para fazer uma análise de todos os convênios feitos entre os órgãos do governo e as ONGs haverá uma força-tarefa. A ideia é que o trabalho seja concluído em 30 dias. "Vamos ver como será isso na prática. Vamos reunir pessoal de diferentes ministérios e fazer uma força-tarefa".