A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem, em Ancara, no primeiro dia da visita à Turquia, reformas estruturais nas instituições financeiras e econômicas do planeta como forma de combater os efeitos da crise internacional e de fortalecimento institucional contra futuros problemas. Ela sugeriu a união entre brasileiros e turcos nesse processo e reclamou dos efeitos das decisões de alguns países por meio da valorização artificial de suas moedas.
;O Brasil e a Turquia podem contribuir no G-20, por exemplo, para o prosseguimento das reformas nas instituições econômicas e financeiras internacionais, aumentando a participação de nossos países nas decisões que afetam diretamente nossos povos;, afirmou Dilma, no Fórum Empresarial Brasil-Turquia. ;Como países emergentes, somos afetados pelas políticas de reação dos países desenvolvidos à crise, notadamente à expansão monetária praticada por alguns bancos centrais, que levam a uma espécie de guerra cambial. Isso compromete os valores das nossas mercadorias;, declarou, acrescentando que a Europa precisa encontrar uma ;saída rápida; da crise financeira com a ;retomada do crescimento e a proteção do emprego;.
No primeiro dia de agenda oficial em Ancara, Dilma se reuniu com o presidente turco, Abdullah Gul. Antes do fórum, visitou o Memorial Ataturk, onde participou de cerimônia de deposição de flores em homenagem ao líder Mustafa Kemal Atatürk. Ela registrou em livro uma mensagem ao líder considerado pai da Turquia moderna. Hoje, a presidente retorna ao Brasil.
Palestina
Dilma também comentou ontem a urgência em se ampliar a atual estrutura do Conselho de Segurança da ONU, formado por 15 membros ; cinco fixos e 10 provisórios ;, e voltou a manifestar o apoio do Brasil aos esforços dos palestinos na criação de um Estado próprio. ;Sem uma solução para o povo da Palestina, também não haverá solução para o povo de Israel;, disse.