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Politica

Dilma e Obama evitam temas espinhosos em que têm posições divergentes

Nova York ; No encontro de meia hora entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ontem, no 18; andar do Hotel Waldorf Astoria, foram cortados os temas espinhosos em que os dois países têm posições divergentes e incluídos assuntos como educação e bolsa de estudos para brasileiros no exterior, saídas para a crise econômica mundial e, ainda, o futuro da Líbia. A criação do Estado da Palestina, assunto em que Estados Unidos e Brasil seguem em direções diversas, não foi mencionada.

Obama sabe que hoje a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU defenderá enfaticamente a criação do Estado da Palestina. Portanto, concluíram os diplomatas, discutir esse tema no encontro bilateral seria perda de tempo.

[SAIBAMAIS]Além de Obama, Dilma Rousseff conversou separadamente por uma hora com o presidente do México, Felipe Calderón. Os dois, que têm em comum o fato de terem sido ministros da área energética, discutiram a possibilidade de novos acordos na área do etanol e, ainda, o envio de uma missão empresarial de mexicanos ao Brasil para tentar fechar negociações sobre o combustível e outras áreas comerciais. Calderón ainda convidou Dilma para ir ao México e Obama reafirmou o convite para que ela visite os Estados Unidos em 2012. A presidente sinalizou que bastaria casar as agendas. (DR)

Conflito árabe-israelense
Dilma Rousseff em favor da criação do Estado palestino repete o posicionamento tradicional do Brasil em relação ao conflito árabe-israelense. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já havia defendido a devolução de territórios conquistados por Israel, antes ocupados pelos árabes, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.