Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que está nos Estados Unidos para participar da Conferência das Nações Unidas sobre doenças crônicas não transmissíveis, disse hoje (18/9) que o Brasil irá mostrar que não há como comparar o seu sistema público de saúde com o de outros países. Ele destacou a importância e as características do Sistema Único de Saúde (SUS), que presta atendimento universal para mais de 100 milhões de pessoas independentemente da classe social.
Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff falará sobre os desafios que os países enfrentam no setor de saúde, durante o discurso que fará na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil também mostrará experiências como o Saúde não tem Preço, que distribui remédios gratuitos para hipertensos e diabéticos, e o Academia de Saúde, cujo objetivo é contribuir para a promoção da saúde a partir da implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física.
O Brasil irá propor ainda, durante a reunião do grupo conhecido como Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul), na terça-feira (20), ações articuladas para o setor. A mesma proposta será levada a integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O objetivo é procurar a redução de custo na compra de medicamentos e ações combinadas para a produção com a troca de tecnologias.
Esta será a segunda vez na história em que a Assembleia Geral da ONU discutirá um tema relacionado à saúde. Anteriormente, a aids também foi abordada. Em maio deste ano, em reunião realizada durante a 64; Assembleia Mundial da Saúde, ministros da Saúde do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) defenderam que o combate às doenças crônicas seja feito em conjunto com o enfrentamento das desigualdades sociais.