A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (14/9) que o aprimoramento da gestão na área de saúde não irá garantir a melhoria da qualidade dos serviços. Segundo ela, é necessária também a aplicação de mais recursos no setor. A presidente, no entanto, evitou falar sobre a criação de um novo imposto para financiar a área.
;Acho que a opinião pública tem que entender, o Congresso tem que fazê-la entender, abrir a discussão, o que não é possível é ter saúde de mais qualidade sem mais dinheiro per capita e isso é uma obrigação minha explicar, não posso fazer demagogia com a população brasileira, e por isso a discussão tem que ser aberta e todo mundo participar.;
;Temos que esclarecer que não se resolve tudo com a gestão. Não resolve não, se conta nos dedos da mão os países desenvolvidos que conseguiram fazer saúde universal, gratuita e de qualidade;, completou Dilma.
Questionada se ela vetaria a regulamentação da Emenda 29 caso a aprovação no Congresso inclua um novo imposto, Dilma disse que precisaria estudar a situação. ;Eu teria que ver que imposto é, dependendo do que se trata. Não posso te responder teoricamente.;
Ao ouvir a sugestão de aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), a presidente considerou que o valor não seria o suficiente. ;A CSS é 0,01% e é muito pouco, somente este ano nós aumentamos em R$ 10 bilhões o gasto na saúde.;
A presidente voltou a citar que os gastos per capita em saúde no Brasil são 42% menores do que os aplicados na Argentina. Ainda segundo a presidente, a saúde pública investe duas vezes e meio menos do que o setor privado de saúde.