Em Belo Horizonte (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira, que é favor da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para, em vez de apontar nomes, ;discutir; o combate à corrupção no governo. Em entrevista ao Estado de Minas, FHC comentou que o fato de ele apoiar a "faxina" feita pela presidente Dilma Rousseff "não significa alinhamento político. "Depende um pouco da atitude do próprio governo de querer realmente fazer a faxina. Se quiser avançar mais, tem que buscar convergência", disse. "Agora, isso não deve ser confundido com adesão. Isso não pode ser. Nós temos muitos pontos de vista diferentes em muitas matérias e vamos manter mesmo a questão da CPI".
O tucano destacou que apoia uma CPI "que não tenha objetivos simplesmente de denunciar, mas que elabore uma decisão boa para o Brasil". FHC participou do Fórum da Liberdade, no Palácio das Artes, realizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). Estiveram presentes o senador Aécio Neves e o governador de Minas, Antonio Anastasia, ambos do PSDB. Em discurso, o ex-presidente tucano defendeu ainda a liberdade de imprensa e a igualdade para ;garantir a democracia;.
Ainda nesta segunda-feira, o tucano será homenageado com o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte, a pedido do vereador Pablito (sem partido). Segundo o parlamentar, autor do projeto, FHC merece a homenagem por ter controlado a inflação no país. Após a condecoração no Automóvel Clube, o ex-presidente participará de jantar oferecido por ex-ministros durante o governo dele.
*Com Leonardo Augusto