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Wagner Rossi admite que usou jatinho de empresa contratada pelo governo

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, respondeu, em nota, à denúncia de que usa o jato executivo da empresa Ourofino Agronegócios para viagens particulares, publicada na edição de hoje (16) do jornal Correio Braziliense. Segundo a reportagem O ministro e o jatinho de US$ 7 milhões, o faturamento da empresa de Ribeirão Preto, cidade onde o ministro mora com a família, cresceu 81% depois que a empresa foi incluída como fornecedora de vacinas para a campanha contra a febre aftosa, iniciada em novembro de 2010.

;Em raras ocasiões, utilizei como carona o avião citado na reportagem;, admitiu Rossi. No entanto, quanto às autorizações de registro de patentes dadas pelo governo à Ourofino, o ministro disse que o processo para a empresa produzir o medicamento contra aftosa teve início no Ministério da Agricultura em 2006, antes da entrada dele na pasta. Segundo Rossi, ao longo de quatro anos, foram ;cumpridos rigorosamente; todos os procedimentos técnicos que levaram à autorização para fabricação do produto.

[SAIBAMAIS]Rossi disse ainda que, além da Ourofino, outras empresas também receberam licenças do governo durante a gestão dele. Até 2009, informou, apenas seis marcas, sendo cinco internacionais, tinham autorização do governo para produzir e vender vacinas contra febre aftosa no Brasil. ;A decisão, técnica, teve como objetivo abrir o mercado;.

O ministro negou que tenha havido privilégios ou tratamento especial às empresas e garantiu que elas têm reputação no mercado e cumpriram todos os pré-requisitos legais. Em menos de três semanas, esta foi a terceira nota de Rossi à imprensa para responder denúncias envolvendo autoridades do ministério.

Confira a íntegra da nota divulgada nesta terça

Ministro da Agricultura responde às acusações do Correio Braziliense

Sobre a reportagem ;O ministro e o jatinho de US$ 7 milhões;, publicado nesta terça-feira, 16 de julho, pelo Correio Braziliense, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, esclarece:

;O processo de autorização para a empresa Ourofino Agronegócios pudesse produzir o medicamento Ourovac Aftosa iniciou-se no Ministério da Agricultura em setembro de 2006. Antes, portanto, da minha gestão à frente da pasta e de minha participação no governo.

Ao longo de quatro anos, os procedimentos técnicos que culminaram na autorização para fabricação da produto veterinário foram cumpridos rigorosamente. A aprovação, liberação e licença para abertura da fábrica, por exemplo, ocorreram em março de 2009. Nessa ocasião, eu não era ministro da Agricultura. E, diferentemente do que insinua a reportagem, a Ourofino não foi a única a receber tal autorização.

Também a Inova Biotecnologia (MG) recebeu licença do governo, em outubro de 2010, para fabricar a Aftomune, como é chamada a vacina contra a febre aftosa daquela empresa. No mesmo período em que a Ourofino foi licenciada.

Até 2009, apenas seis empresas, sendo cinco multinacionais, tinham autorização do governo para produzir e comercializar a vacina contra a febre aftosa no Brasil. Empresas nacionais, como a Ourofino e a Inova, conseguiram o status oficial para a produção do medicamento veterinário. A decisão, técnica, teve como objetivo abrir o mercado.

Além dessas duas, também a empresa argentina Biogenesis obteve, em 2009, autorização para a produção da vacina. As três empresas têm reputação no mercado e cumpriram todos os pré-requisitos, sem privilégios ou tratamento especial. Por último, informo que, em raras ocasiões, utilizei como carona o avião citado na reportagem.

Brasília, 16 de agosto de 2011

Wagner Rossi
Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento"