Ao falar na Câmara dos Deputados sobre denúncias de um suposto esquema de corrupção e de superfaturamento em obras, o diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, voltou a negar que o órgão seja instrumento de captação de recursos de seu partido, o PR.
;O Dnit não é instrumento do partido para fazer captação de recursos. Não trabalhamos nessa linha de atuação;, disse. ;O PR não é diferente de nenhum outro partido do Brasil. Nas épocas de campanha, obviamente, os partidos têm necessidade de receber recursos para fazer frente aos gastos, mas não nos envolvemos nisso;, completou.
Pagot disse que cabe à presidente Dilma Rousseff mantê-lo no cargo e que seu pedido de férias durante o surgimento das denúncias já estava previsto. O diretor ainda afirmou que o atual diretor de Infraestrutura Terrestre do Dnit, Hideraldo Caron, seria um bom nome para substituí-lo, caso seja demitido.
[SAIBAMAIS]
;Se ele vier a ocupar meu cargo no Dnit, não tenho nada contra. Substituir um filiado do PR por um filiado do PT pode ter uma questão de partido, mas pode ter certeza que o Hideraldo tem condição de tocar, tem conhecimento de causa, é um funcionário de carreira, de administração pública;, disse.
Segundo Pagot, 28 dos 2,8 mil funcionários do órgão têm alguma filiação partidária. ;Isso é 1% dos funcionários. E não é porque tem filiação partidária, que não seja competente;, disse.
Pagot foi convidado a prestar esclarecimentos nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e na de Viação e Transportes sobre as denúncias de suposto esquema de corrupção e superfaturamento de obras no Dnit e no Ministério dos Transportes.