O Congresso realiza hoje, às 12h, missa em homenagem a Itamar Franco. O senador faleceu em 2 de julho, em decorrência de um acidente vascular cerebral, e os parlamentares escolheram o último dia de trabalho antes do recesso para prestar honrarias ao ex-presidente. A missa de hoje marca a homenagem da capital do país ao líder político. Minas Gerais concentrou as cerimônias de reverências à memória do ex-presidente.
Os parlamentares da Câmara e do Senado e familiares de Itamar receberam convites assinados pelo presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), para prestigiarem a cerimônia. Na tarde de ontem, o Salão Negro recebeu os últimos ajustes para a missa. O altar montado nas dependências do Congresso será ornado com uma grande cruz. O Coral do Senado, que fará apresentação de seis cantos durante a cerimônia, ficará na lateral do salão.
Entre as apresentações musicais do grupo, destacam-se a composição Jesus alegria dos homens, do compositor alemão Johann Sebastian Bach, que abrirá a cerimônia, e Cio da Terra, do mineiro Milton Nascimento em parceria com Chico Buarque, que acompanhará o ofertório da missa.
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e José Sarney farão a leitura de trechos bíblicos durante a cerimônia, que terá a presença de cinco religiosos. Outras duas pessoas ; um parlamentar e um parente ; serão convidadas a fazer leituras. Os coordenadores da cerimônia informam que, durante a missa, não haverá discursos. Dom José Freire Falcão, arcebispo emérito da Arquidiocese de Brasília, celebrará a homenagem, mas, de acordo com o cerimonial e a equipe de relações públicas do Senado, outros quatro religiosos, entre eles o padre George Albuquerque, da Catedral Metropolitana, participarão da cerimônia em homenagem a Itamar.
A missa será aberta ao público. Os organizadores pedem que os convidados e os cidadãos que quiserem acompanhar a celebração cheguem ao Congresso com pelo menos 15 minutos de antecedência.
Líder
Itamar morreu cinco meses depois de assumir seu terceiro mandato como senador. Destacado como um dos principais líderes da oposição, o ex-presidente ficou menos de quatro meses na Casa. Em 21 de maio, foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para se tratar de uma leucemia. A fim de se dedicar ao tratamento, Itamar pediu licença temporária do cargo de senador. O parlamentar, no entanto, não chegou a deixar o hospital.
O corpo do ex-presidente foi velado em Belo Horizonte e em Juiz de Fora. Depois, foi cremado em Contagem, região metropolitana da capital mineira. As cinzas do senador foram depositadas no jazigo da família, no Cemitério Municipal de Juiz de Fora. A missa de sétimo dia foi realizada no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais, na última sexta-feira.