Ao assumir o Ministério da Pesca e Aquicultura, o ex-ministro de Relações Institucionais Luiz Sérgio disse que se sentia "apenas mudando de trincheira". Luiz Sérgio deixou a pasta em meio a críticas de que não estaria sendo eficiente no diálogo do governo com Congresso. O ministro afirmou, no entanto, que cumpriu sua tarefa, buscando mais ouvir que falar na relação com deputados, senadores, governadores e prefeitos.
"Busquei mais ouvir que falar. Tenho a consciência tranquila de que, dentro de raio de atuação da pasta, fiz o possível e o impossível", disse Luiz Sérgio, na cerimônia de posse.
[SAIBAMAIS]No final da semana passada, a presidenta Dilma Rousseff anunciou uma troca de cargos no governo. Ideli Salvatti, antes ministra da Pesca e Aquicultura, passou para a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e Luiz Sérgio, antes responsável pela articulação política, foi indicado para o Ministério da Pesca. A mudança sucedeu a troca feita no início da semana, na qual Antonio Palocci, que chefiava a Casa Civil, foi substituído pela senadora Gleisi Hoffmann.
Ao tomar posse hoje na pasta da Pesca, Luiz Sérgio considerou que o governo colecionou vitórias no Congresso durante sua gestão e lembrou a aprovação de cinco medidas provisórias, além do reajuste do salário mínimo.
Luiz Sérgio disse que sua intimidade com a questão da pesca vem da infância em Angra do Reis (RJ), onde, como deputado, também participou das mobilizações para a criação da pasta, o que ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Sou de Angra do Reis, cidade conhecida pelo seu valor turístico, mas que abriga em sua baía uma grande comunidade pesqueira. Foi em Angra que conheci de perto atividade de pesca e os pescadores", disse Luiz Sérgio. "Vamos arregaçar as mangas, jogar as redes e pescar", finalizou o ministro.