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Dilma: reforma do Conselho de Segurança da ONU não é capricho do Brasil

A presidenta Dilma Rousseff rebateu nesta quarta-feira (20/4) as críticas sobre a insistência do governo brasileiro em defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma disse que a posição ;não é um capricho;, mas reflete a necessidade da nova estrutura da ordem mundial. Segundo ela, é necessário observar que várias das entidades internacionais estão ;obsoletas;. Para a presidenta, a ;ONU envelheceu;.

;Reformar o Conselho de Segurança não é capricho do Brasil. [É uma iniciativa que] reflete a correlação de forças do século 21. Mais do que isso exige que as grandes decisões sejam tomadas por organismos representativos;, afirmou a presidenta diante de diplomatas brasileiros e estrangeiros, no Itamaraty.

Dilma participou da cerimônia de formatura de 109 diplomatas, no Ministério das Relações Exteriores, ao lado do vice-presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazi;re.

Para a presidenta, é fundamental modificar a estrutura da ONU, assim como de outras entidades internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). ;[É necessário dar] a representação que os países emergentes têm no cenário internacional. Há que reformar [essas entidades]. A ONU também envelheceu;, disse ela.

Pela estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é do final da 2; Guerra Mundial, ocupam vagas permanentes no órgão os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. São integrantes provisórios o Brasil, a Turquia, a Bósnia-Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, a Áustria, o Japão, o México, o Líbano e a Uganda ; por um período de apenas dois anos.

Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 ; cinco permanentes e dez provisórias ; para 25. O Brasil se coloca como candidato a titular. O assunto foi tema de conversas de Dilma com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e também da China, Hu Jintao. Em todas as reuniões que mantém com autoridades estrangeiras, Patriota menciona o tema.