A China é o maior parceiro comercial do Brasil no Brics, mas o Planalto também está de olho em um outro integrante do bloco: a Rússia, cujo comércio cresceu 42% em 2010, chegando a US$ 6 bilhões. Esse avanço mostra recuperação à queda de 46% registrada em 2009, mas ainda está longe dos US$ 7,9 bilhões computados em 2008, antes da crise financeira mundial. Comparado com as demais economias do Brics, é o segundo menor em volume.
A balança comercial entre os dois países é superavitária para o Brasil em pouco mais de R$ 2,2 bilhões. A corrente de comércio vinha avançando cerca de 20% ao ano e atingiu o pico em 2008 ao saltar 46%, para US$ 7,9 bilhões. No entanto, essa expansão foi interrompida bruscamente no ano seguinte para US$ 4,280 bilhões, recuando igual percentual devido à crise financeira. Naquele ano, a economia russa encolheu 7,9%, a maior retração entre os países do Brics e também entre as nações emergentes.
O embaixador russo no Brasil, Sergey Akopv, aposta na aceleração desse intercâmbio. ;O comércio se recuperou em 2010 e acredito que o volume registrado antes da crise será ultrapassado neste ano;, afirma. O avanço recente do comércio bilateral, na avaliação do presidente da Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo, Gilberto Ramos, deverá continuar apesar de o Brasil não crescer no mesmo ritmo de 2010 e a Rússia ter sido a economia do Brics mais afetada pela crise. ;Mas agora o país está se recuperando. Já retomamos o ritmo de crescimento do período pré-crise. Os esforços do governo agora estarão concentrados em investimentos em inovação para modernizar a base da economia;, afirma.
O açúcar e a carne são os produtos brasileiros exportados para a Rússia. O açúcar não refinado é o líder, com 38% de participação na pauta. As carnes, em geral, somaram 46,4%. As commodities respondem por 70% das exportações russas para o Brasil, e os produtos de alta tecnologia representam apenas 5,7%.
Balanço
Confira quanto o Brasil movimentou com cada um dos parceiros do Brics em 2010
País / Volume de negócios
China / US$ 56,3 bilhões
Índia / US$ 7,9 bilhões
Rússia / US$ 6 bilhões
África do Sul / US$ 2 bilhões