Com quase uma hora de atraso, a presidente Dilma Rousseff deu início aos pronunciamentos no Salão Leste do Palácio do Planalto ressaltando as boas relação vividas com os Estados Unidos e o fato de os dois representarem minorias. "Essa visita está carregada de valores simbólicos. Duas das maiores democracias da América levaram aos altos postos um afro-descendente e uma mulher", disse Dilma.
A presidente reforçou o fato do Brasil estar vivendo um dos momentos mais "vibrantes", com crescimento em todas as áreas. "Mesmo assim, ainda vamos enfrentar muitos desafios". Dilma destacou ainda que o país está na fronteira tecnológica em vários campos, como o da exploração do petróleo.
A presidente ressaltou que uma maior parceria tecnólogica e na área da educação vai favorecer ainda mais esse caminho. "Ampliar nosso intercâmbio é uma questão chave", afirmou. "Sua presença será de enorme valia nessa construção que queremos realizar", completou.
Dilma pediu a ampliação do Conselho de Segurança da ONU, em que o Brasil reivindica uma cadeira permanente. "Defendemos uma reforma fundamental no desenho da governança global. Não nos move, senhor presidente Obama, o interesse menor da ocupação de espaços de representação, e sim a segurança de que um mundo multilateral produzirá benefícios à paz dos povos."
Estados Unidos
Barack Obama agradeceu as palavras de Dilma Rousseff e afirmou que o Brasil tem se destacado pelo crescimento da economia. "Os Estados Unidos e o Brasil são as duas maiores democracias do hemisfério. O Brasil é um líder regional e promove a cooperação maior entre as Américas."
"Acredito que essa é uma visita histórica e vai servir para fortalecer as alianças, ampliando investimentos em áreas comerciais. Há muito o que fazer. O Brasil quer ser uma nova fonte de combustível e os EUA querem ser um cliente dessa energia".
"Estou especialmente satisfeito por essa união. Acredito em uma maior cooperação entre os EUA e o Brasil nas décadas futuras", concluiu Obama.