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PSOL ainda avalia se lançará candidato às presidências do Senado e Câmara

O PSOL vai aguardar até a próxima segunda-feira (31) para decidir se lança candidato próprio para disputar as presidências da Câmara e do Senado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27) após reunião de bancada em que foram divulgadas as propostas a serem defendidas pelo partido na próxima legislatura, que se inicia no dia 1; de fevereiro.

Na reunião, o senador eleito Randolfe Rodrigues (AP) disse que o PSOL não concorda com a "aparente pacificação e consenso" em torno de uma eventual reeleição de José Sarney para a presidência do Senado. Ele disse que o partido também não apoiará a eleição de Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara, ou ainda a candidatura avulsa do deputado Sandro Mabel (PR-GO) para o mesmo cargo, em razão de diferenças programáticas, ideológicas e partidárias.

Randolfe Rodrigues, que aos 38 anos de idade será o senador mais novo na próxima legislatura, disse que o PSOL vai esperar a evolução dos acontecimentos políticos até a data da eleição das Mesas do Senado e da Câmara. Até lá, o partido continuará mantendo contato com parlamentares que, segundo ele, poderão se identificar com as propostas do PSOL, como Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Paim (PT-RS), além do senador eleito Lindberg Farias (PT-RJ) e da senadora eleita Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Randolfe Rodrigues disse que o compromisso do PSOL é com o "resgate ético" do Legislativo e que o partido tem uma postura de independência política em relação aos grandes blocos parlamentares das duas Casas do Congresso.

A senadora eleita Marinor Brito (PA) disse que o partido também vai lutar pela ética, pela democratização do Senado e por mais transparência na instituição. Marinor disse ainda que Sarney, que representa o Amapá no Senado, é um "pólo antagônico" do desenvolvimento que os parlamentares da legenda pensam para a região amazônica.

A reunião do PSOL também contou a presença do deputado Ivan Valente (SP) e do deputado eleito Jean Wyllys (RJ), que antes de ser parlamentar se tornou conhecido ao participar do programa de TV Big Brother Brasil.