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Marco Maia mantem peregrinação em busca de apoio para eleição de fevereiro

Com os cargos na Mesa Diretora e nas comissões no bolso do paletó, o candidato petista à Presidência da Câmara, Marco Maia (RS), manteve ontem a peregrinação em busca de apoio para a eleição de fevereiro. Precavido contra a movimentação de possíveis candidaturas avulsas, o parlamentar tem procurado as legendas de governo e oposição, além de bancadas estaduais. Ontem, Maia teve reunião com a bancada paranaense e o governador do estado, Beto Richa.

O candidato à Presidência da Câmara entrou em campanha direta desde o início do mês e já encontrou lideranças de pelo menos dez legendas. De cada uma delas, ouviu reivindicações por cargos na Mesa Diretora, em comissões e até no segundo escalão da Esplanada dos Ministérios. A única recomendação do governo para Maia é de que, ao negociar, o deputado não coloque em pauta promessas que provoquem impacto no Orçamento. Até o momento, ele já recebeu apoio declarado de DEM, PSDB, PPS, PT, PSC, PSB, PMDB e PR. O deputado ainda trabalha para conciliar interesses conflitantes de PTB e PDT.

No Paraná, Maia defendeu o critério da representatividade para definição dos cargos em disputa. ;Queremos que todos os partidos, independentemente de sua opinião ou posição, estejam representados na Mesa Diretora ou nos espaços de decisão da Câmara. Queremos que tanto a posição quanto a oposição tenham espaço;, afirmou. Dos dissidentes inicialmente apontados como risco para a candidatura do petista, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Sandro Mabel (PR-GO) perderam força, por pressão dos próprios partidos e do governo federal.

Barganha
Entre a base aliada, uma das principais disputas é travada pelo controle da Presidência da Comissão de Trabalho da Câmara, reivindicada por PDT e PTB. ;Não exigimos nada além da manutenção do que temos hoje para apoiar Maia. Queremos manter a 4; Secretaria da Câmara e a Comissão de Trabalho;, resumiu o líder do PTB no parlamento, Jovair Arantes (GO).

Mesmo com a pressão por cargos no segundo escalão da Esplanada, o apoio do PMDB também é dado como certo pelos petistas. O acordo firmado entre as legendas é de que os peemedebistas assumiriam a Casa no biênio 2013-2014. ;Não há motivo para que haja turbulência nas relações. A parceria entre os partidos é uma parceria para o futuro;, disse Maia. Depois do Paraná, o candidato petista à Presidência da Câmara tem agendas marcadas em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia.